quarta-feira, 27 de junho de 2012

Já é noite no quintal
as estrelas brilham prata.
a lua... Sempre sedutora
e eu... Com meus ais.
Agora somos sós....
Eu e ela...
Eu no céu,
Ela na janela.
Somos nós...
verso e poesia,
saudade e vida.
Dela, rouba o horizonte, o olhar
de mim, o mar, empresta o paladar.
Ainda é fria à noite,
invadindo Ela e Eu...
Ela no céu,
Eu na janela...


Flor de Laranjeira

terça-feira, 26 de junho de 2012

Há corações que são terra calcinada, devastada pelos estios. Deixaram-se secar com a falta de rega e não mais reconhecem o olhar jardineiro do tempo. Querer tocá-los é arriscar pisar num jardim que não sabe mais florir. Às vezes vale a pena ensiná-los a desaprender o abandono e permitir que reverdeçam seus galhos secos; que renasçam as tulipas e as orquídeas soterradas sob a aridez da descrença.

(Aíla Sampaio)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Serás meu amigo quando sorrires comigo. Para que eu seja teu amigo, deverei chorar contigo tuas lágrimas. Provarás tua amizade , vindo ao meu encontro. Eu provarei ser teu amigo não deixando haver o desencontro. Agradecerei tuas palavras quando estas aplaudirem os meus acertos. Tu bendirás as minhas palavras quando eu te censurar os erros e faltas, te apontando o caminho reto Serás meu amigo quando me auxiliares a crescer e a subir; somente serei teu amigo quando tiver a coragem de cair contigo e, serei um amigo quando descer ao fundo do poço para te amparar na queda. Ficar-te-ei grato pelas lições em que me ensinarás o justo e o correto, eu serei sempre teu amigo e sempre perdoarei seus deslizes. Serás meu amigo na escuridão e quando acenderes a luz, mais ainda. Estarei velando sempre os teus sonhos para que sonhes sempre colorido. Agradecerei teu "sim" amigo, a que corresponderei e retribuirei com a coragem de dizer-te "não", quando essa for a palavra verdadeiramente amiga. Tua amizade se mostrará quando me mostrares o paraíso; a tua amizade me impulsionará para frente; a minha amizade te dará ânimo para ir ao encontro da esperança e da paz. Provarás tua amizade sendo a lança e o escudo para que eu consiga minhas vitórias e provarei a minha, não descartando de ti em tuas derrotas. Quando ofereceres aquilo que preciso, serás dedicado e generoso amigo e eu só o poderei ser se, a teu favor , renunciar aquilo de que preciso e de que não posso privar. Assegurar-me-ás que, és realmente amigo quando me tratares como teu irmão e te assegurarei de minha amizade, quando tratar meus irmãos assim como trato a ti.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

"Eu agarraria suas rosas com as minhas duas mãos... Mas há rosas que você joga....Que eu tenho de deixar voar... Talvez não sejam para mim... Se for pra mim, nas minhas mãos há de cair ao menos uma pétala..." Cleide Regina Scarmelotto
Coração de poeta é difícil de entender, quantas poesias de amor escrevi para celebrar amor de casais que não era amor de mim mesma, quanta dor que não era a minha que também escrevi... E tantos que leram minha poesia acharam que era a minha subjetividade ali, e não era... Julgando que os sentimentos dos outros que "artesanei" em poesia, eram meus e não eram, quanta injustiça sofre um poeta ... " A poesia era apenas o sentimento dos outros em forma
artesanal!

Cleide Regina Scarmelotto

terça-feira, 12 de junho de 2012

MULHER.

Fecho os olhos , vejo voce chegar,
ao abrir os olhos não mais estas,
Meu sorriso se desfaz,
Vou a janela olho para o céu...
céu escuros , poucas estrelas; cidade grande me apego a pensar.
DEUS.
Se um dia eu for ao céu
vou te pedir.
Quero ser jardineiro celestial.
Meu salário quero tudo em rosas e orquideas...
Presentear a mulher que amo.
DEUS.
Se ela ainda estiver naquele plano,
manda-me de volta a terra...
um dia só.
Só por um dia quero se artesão
Daqueles que fabricam molduras,
só assim , ela poderá em tela de luz
pintar seus sonhos, desejos, e quereres
Depois volto e contunuo no cultivo do jardim.
só mais uma coisa
Deixa-me jogar aqui de cima rosas vermelhas
quero que as rosas se junte a tela
e que passe a fazer parte do conjunto de suas emoções
Só assim voltarei a sorrir.

autor: JURANDY FRANÇA(POETA)
livro: VERSOS TORTOS
MELANCOLIA.

Nossa canção é triste , muito triste
Fala de saudade, de uma ida sem volta.
De um amor impossivel.
De uma esperança morta.
Nossa canção é triste, muito triste
Fala de um olhar que se predeu, que ficou para trás.
de um coração que bate em descompasso.
Nossa canção é triste muito triste.
Entoa-se um clamor de amargura.
Na vóz do silencio que fere a alma, e se arrebenta na parede obscura do tempo.
Nossa canção é triste muito triste
e fazem as lagrimas desprenderem se dos olhos na busca do beijo seco no solo empoeirado.
Nossa canção fala de noites frias de inverno
e da dor do envelhecimento sozinho
Fala de adeus, angustias e medos. 
Nossa canção é a mais triste que já ouvi.

autor: JURANDY FRANÇA (POETA)
livro: VERSOS TORTOS
POEMA DE AMOR PENSANDO EM VOCÊ
Quando penso em você...
Quando penso em você me sinto flutuar,
me sinto alcançar as nuvens,
tocar as estrelas, morar no céu...

Tento apenas superar
a imensa saudade que me arrasa o coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser.

Lembrando dos momentos
em que juntos nosso amor se conjugava
em uma só pessoa, nós ...

É através desse tal sentimento, a saudade,
que sobrevivo quando estou longe de você.
Ela é o alimento do amor que encontra-se distante...

A delicadeza de tuas palavras
contrasta com a imensidão do teu sentimento.
Meu ciúme se abranda com tuas juras
e promessas de amor eterno.

A longa distância apenas serve para unir o nosso amor.
A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...

E nesse momento de saudade,
quando penso em você,
quando tudo está machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...

Tudo isso acontece porque amo e penso em você...

Autor: Desconhecido

sábado, 9 de junho de 2012


MUITO ALEM DA PORTA...
 
Se eu não tivesse aberto a porta
Para você entrar
Seria como uma borboleta semi-morta
De asas partidas
Sem poder voar
Você chegou de modo sorrateiro
Trouxe no peito um amor flecheiro
Cravou em mim
A estaca da paixão
Enebriante e pontiaguda sensação
Além da porta, escancarei janelas
Se essa paixão deixou sequelas
Tanto faz
Majestoso vôo alcei
Caí no pântano do meu desejo
Em braçadas me debati, suspirei
Amei o mais que pude
Ofegante... lavei-me nas águas do meu açude


                                                     * Úrsula A. Vairo Maia
ALEM DAS PALAVRAS...
Depositaste uma rosa vermelha
Entre os meus seios

Não posso mais calar meus anseios

O carmim e a volúpia me invadem

Os olhos da paixão em mim ardem

Quero me achar perdida em teus braços

Ficar encolhida como quem está para nascer

Na efervescência dos teus abraços fenecer

Quem sabe poderá minha alma rejuvenescer ?


Com os murmúrios de amor
Que emanam de tua boca

O tempo bem que poderia ancorar
E me deixar como louca

Para do teu regaço jamais escapar

Úrsula Avner
Quero partir, quero ficar
Quero meu tempo diluir
Para não mais
O espelho contemplar
Me perdi de mim
Quero na solidão
Meus vulcões serenar
Sou passional
Querendo ser razão
Sou sereia do mar
Sou terra, sou céu
Sou toda emoção
Sou júbilo, sou pranto
Sou previsível, sou espanto
Sou única e diversa
Em reflexão imersa
Sou mulher pássaro
Inquieto bicho preso
Sonho rasgado
Em tênue fio costurado
Sou amiga
Sou bandida
Produto inacabado da vida
Sou assim
Várias de mim
Úrsula A. Vairo Mai )

SEM URGÊNCIA
Não quero a urgência do momento
Aquilo que me antecipa
Também me condena
Fere e aprisiona
Não quero que me arraste o tufão
É peso no coração
O fruto da semente
Deve ser colhido a seu tempo
Quero a maciez da brisa em meu pensamento
Não roube de mim o desejo de te amar
No meu ritmo
Menos estrepitoso que o seu
No meu peito
O amor já serenou
A cadência dos corpos atados
Se abrandou
Veio a calmaria
Foi-se o tornado
Tempestade dissolvida
Em chão árido
Não roube de mim
Aquilo que eu não quero lhe dar
O que eu não consigo ofertar
O que só se lê em meu olhar
Quando você me beija sem afeto
Rouba de mim o desejo de ser amada
Quando você me olha e não me vê
Rouba de mim
A necessidade
De ser compreendida
Decifrada
Lida e relida
Em minhas tantas páginas
Não te quero agora
Não te quero não
Preciso de mim mesma então
Há sentimentos velados
Segredos guardados
Na força do cadeado

                         **  Úrsula A. Vairo Mai

sexta-feira, 8 de junho de 2012

sobrevivendo

Hoje sufoquei as lágrimas
Que teimavam em correr
Amor e intensidade
Vontade e poder
Desejo de ti
Queria falar tanto de carinho
Queria transbordar paixão
Tirar esse sufoco
Que você sabe bem o que é
O coração bate sem fim
Madrugada a fora
A noite que não termina
O travesseiro é o meu desabafo
Lamentos que eu mesmo
Não sei explicar
Eu só queria te abraçar
Sem nada querer falar
O meu tempo eu sei que chegará
Só me resta ....Sobreviver

Poeta bandido