sábado, 9 de junho de 2012


MUITO ALEM DA PORTA...
 
Se eu não tivesse aberto a porta
Para você entrar
Seria como uma borboleta semi-morta
De asas partidas
Sem poder voar
Você chegou de modo sorrateiro
Trouxe no peito um amor flecheiro
Cravou em mim
A estaca da paixão
Enebriante e pontiaguda sensação
Além da porta, escancarei janelas
Se essa paixão deixou sequelas
Tanto faz
Majestoso vôo alcei
Caí no pântano do meu desejo
Em braçadas me debati, suspirei
Amei o mais que pude
Ofegante... lavei-me nas águas do meu açude


                                                     * Úrsula A. Vairo Maia

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