terça-feira, 31 de julho de 2012

" As pessoas têm estrelas que não são as mesmas.

Para uns, que viajam, as estrelas são guias.

Para outros, elas não passam de pequenas luzes.

Para outros, os sábios, são problemas.

Para o meu negociante, eram ouro.

Mas todas essas estrelas se calam.

Tu porém, terás estrelas como ninguém...

Quero dizer: quando olhares o céu de noite,

(porque habitarei uma delas e estarei rindo),

então será como se todas as estrelas te rissem!

E tu terás estrelas que sabem sorrir!

Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido.

Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá).

Terás vontade de rir comigo.

E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu.

Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"

Antoine de Saint-Exupéry

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A porta se abriu com o golpe sibilante de um punhado de vento. Vento vindo do lado Leste, atrevido e sem fronteiras. Deu passagem à luz, que ao invadir o ambiente, fotografou a imagem triste de uma sombra, ha muito morta e atirada a um canto de parede mofado.
Era a sombra de uma lembrança esquecida,
de um um momento desperzado.
Tocada pela claridade, conseguiu se erguer, caminhou pelo quadrante... em seus passos havia o repicar de um som mudo, de um caminhar vazio, um caminhar que se estendia diante de um jardim colorido, cercado por raios de sol.
E, a sombra se encolheu outra vez, sentia que um feixe vinha às pressas; parecia não mais, um punhado de vento, chegava-lhe um vendaval, seguia-lhe os passos no quadrante iluminado. Intensão deliberada de arrancar todas as suas lembranças, trazendo-as para o olho do redemoinho que se formaa no canto de parede. A sombra chorou ao ver no filme de seus olhos uma estrada que ficou
para trás, se abrir num zíper; escacarando as coisas boas do passado, que alí ficara escondido, longe da luz.
(Jurandy FRança)
poema: A SOMBRA

quarta-feira, 25 de julho de 2012

SELVAGEM PAIXÃO
Essa selvagem paixão, que se faz soberana, Encravou-se em meu peito, de maneira sacana, Praticando o amor, de uma forma mundana, Promíscua no ato, tal qual uma insana.

Enlaçou-me de um modo, tão voraz e perfeito, Fazendo de tudo, com ardência e com jeito, Pra deixar-me prostrado, num gozo satisfeito, A gemer convulsivo, lambuzado em meu leito.

Esse amar diferente, que ela veio ensinar, Sobrepôs meus desejos, e me fez dominar, Num entregar submisso, sem nada falar, Aceitando suas taras, para o orgasmo alcançar.

Quando nos devoramos, feitos dois animais, Somos dois trogloditas, parecendo anormais, Que extraem um do outro, vibrações colossais, Elevando-nos ao ápice, dos prazeres carnais.

Seu café da manhã, é um beijo na boca, Seminua cavalga, com uma fúria tão louca, Sobre o falo se encaixa, arrancando-me a roupa, A fazer alarido, aguçando a libido, com a sua voz rouca.

Pra matar sua fome, viro super homem, a me desdobrar, Não é uma nem duas, que podem fazer, seu tesão aplacar, O fogo que lhe queima, não é qualquer um, que consegue apagar, E o meu prêmio final, é o olhar triunfal, dessa fêmea a gozar.

Repetidos orgasmos, que ela me faz ter, A excitar-me de um jeito, que só vendo pra crer, Minhas ereções controlando, a seu bel prazer, Dita quando e onde, também como fazer.

Insaciável se torna, na hora de amar, Começando na cama, e não quer mais parar, Não descansa nem mesmo, quando vai se banhar, Chamando-me manhosa, pra lhe ensaboar.

Não sei de onde arranca, tamanho tesão, Meu sexo coitado, em plena exaustão, Já está calejado, e até viciado, com os toques de mão, Que ela experiente, em carícia envolvente, faz voltar à ereção.

Insaciável amante, a querer sempre mais, Pra ela os orgasmos, não findam jamais, Seja dentro da alcova, ou em pleno jardim, O desejo desperta, pra nova descoberta, o que será de mim.

desconheço o autor fonte: quero aventuras

(Adriano Ferris)
Os amantes se amam cruelmente e com se amarem tanto não se vêem. Um se beija no outro, refletido. Dois amantes que são? Dois inimigos.

Amantes são meninos estragados pelo mimo de amar: e não percebem quanto se pulverizam no enlaçar-se, e como o que era mundo volve a nada.

Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma que os passeia de leve, assim a cobra se imprime na lembrança de seu trilho.

E eles quedam mordidos para sempre. deixaram de existir, mas o existido continua a doer eternamente.

Carlos Drumond de Andrade
Alma gêmea de minha alma
Flor de luz de minha vida
Sublime estrela caída
Das belezas da amplidão
Quando eu errava no mundo...
Triste e só, no meu caminho,
Chegaste, devagarinho,
E encheste-me o coração.
Vinhas na benção das flores
Da divina claridade,
Tecer-me a felicidade
Em sorrisos de esplendor!!
És meu tesouro infinito.
Juro-te eterna aliança.
Porque sou tua esperança,
Como és todo meu amor!!
Alma gêmea de minha alma
Se eu te perder algum dia...
Serei tua escura agonia,
Da saudade nos seus véus...
Se um dia me abandonares
Luz terna dos meus amores,
Hei de esperar-te, entre as flores
Da claridade dos céus.

autor: monica wil.

segunda-feira, 23 de julho de 2012


Hoje deu-me vontade de escrever
Escrever não sei o quê
Mas, para ti ...

Hoje deu-me vontade de te abraçar
De me perder em teus braços
De me envolver em abraços
Hoje deu-me uma grande saudade
Uma enorme vontade
De me fundir em ti
Hoje deu-me um imenso desejo
De te amar
De me soltar
Hoje eu queria-te

Queria viver somente contigo
Por ti...

Hoje eu só queria
o teu calor
E me entregar ao cansaço
De um dia de amor
Hoje eu queria ver o teu rosto
Sentir o suor no teu corpo
Esgotado de amar

Hoje eu só queria dizer
AMO-TE !!!

autor: não consta 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Silencio.
Quando ao alto olho a procura de respostas
Talvez nesta hora que o inverso bem devagar chega
O silencio pesa em minha alma
Sou como o vento que passa
Que passa entre as arvores
Parecendo tristonho a soluçar
De meu peito mudo, ecoa em minha alma
Um grito de dor e saudade
Alem muito alem procuro deslumbrar
O astro amigo que me conduzirá
Conduzirá ao sonho utópico
Fantástico deste amor
Minha voz não mais se ouve eco
Vejo nuvens a cobrir o sol
Tento versos escrever mesmo com lagrimas
A cair...
Somente tu amor de minha vida
Faz transbordar felicidades em meu coração
Dando-me a certeza de ser eu
Dentro deste tão puro e único amor
Ocupando com tua esperança em minha alma
O espaço vazio nela fazendo nascer a doce esperança alegria
Novamente a felicidade sentir
O poeta se sente reforçado, a caneta desliza suavemente
Descrevendo a força do verdadeiro amor
Pois só ele nos da coragem de tudo possível a ele
Obstáculos a passar nesta terra
Um dia vencer neste amor

sábado, 14 de julho de 2012

Sinto saudades  "Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais
falei ou cruzei...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito
que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou
e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade
de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram
e de quem não me despedi direito!
...Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente,
como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade...

Quantas vezes tenho vontade de encontrar
não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa
que nem sei o que é e nem onde perdi..."  (
Clarice Lispector )