sexta-feira, 26 de outubro de 2012

(...) Esta noite quero desnudar
tuas palavras, teus gestos,
no nosso mais profundo silêncio.
No entrelaçar dos desejos,
quero provar do teu mel.
Mapear os teus sentidos

com o toque dos meus lábios.
Parar o tempo,
dentro do nosso tempo.
Vestir-me do calor da tua pele
e sem pressa alguma ...
Escrever em teu corpo
o meu mais longo poema. "


Bruno de Paula

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

se pudesse
se fosse possível
pediria que então tu viesses
assim
embrulhado de ti mesmo

poderia ser na delícia do natural
onde pele na pele
fosse possível
se pudesse
descobrir um mundo de prazer
em ti
em mim
ter-te
ter-nos...

- Cau Lanza

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Esse meu corpo que queima.
Que me arde toda.
Que faz tremer os meus sentidos,
...e que arde.
E queima.
E dói.
E esquenta.
E escorre....
como lavas de um vulcão.

Dayse Sene


sábado, 6 de outubro de 2012

Relacionamento

...e ao voltar do seu voo.
Não seja um motivo,
para armar a sua própria prisão.

Tela!
Liberdade?
Cadeia de proteção?
Ou eterna prisão?
É no seu retorno,
que você irá definir,
o que essa
junção de relacionamentos,
irá ser.
É sua vontade.
É sua forma de viver.
De se relacionar,
que irá definir a sua interpretação.
Pois na construção,
da tela de relacionamentos,
somos nós,
quem definimos
se nos prendemos
e ou seremos
eternamente livres, para voar.

Dayse Sene

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Amar: Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer...
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei...


O amor é quando a gente mora um no outro.

Máro Quintana


E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também.

Oswaldo Montenegro

terça-feira, 2 de outubro de 2012

À sombra do silêncio construída
pelos amantes
cobrem-lhes não só os corpos
que sofrem,

mas também a alma que
chora.
Olhares que se perdem no vazio
do imaginário,
desfocados e imaculadamente
distorcidos
seguem direção nenhuma.
Nada é tão audível
quanto o som desse silêncio,
chega a ser estridente,
cortante,
cruel.
Palavras que se engasgam,
são retidas,
reprimidas,
atiradas ao poços
profundo da alma
inquieta,
que debate-se em incertezas.
Visão embaçada
de amargo sabor,
toque indeciso,
nem ao menos sentido.
Sons roucos,abafados,
aroma de saudades.
O que outrora foi dito,
agora se mistura
à sinfonia de um dançar
lírico
de um som silencioso,
mudo e sem razão".
autor :(JURANDY FRANÇA)